A resenha de hoje é sobre um livro de C.S Lewis que não é As Crônicas de Nárnia. Lewis também é conhecido pelo seu trabalho na área religiosa, mais precisamente sobre o cristianismo e, apesar do nome, esse livro que trago não fala sobre satanismo.
Alguns dizem que esse livro é voltado mais para os cristãos, mas esse rótulo apenas dificulta que uma leitura tão interessante como essa seja mais amplamente difundida.
O livro se passa no perÃodo da Segunda Guerra Mundial e mostra Maldanado (também chamado de Fitafuso), o diabo, ensinando seu sobrinho Vermelindo (também chamado de Vermebile) as artimanhas de desvirtuação do paciente (um rapaz recém convertido) que está sob os "cuidados" do sobrinho. Nesse cenário, o chamado de "Inimigo" é Deus e digo, desde já, que indico muito a leitura.
"Meu querido Vermelindo, são maravilhosas as notÃcias trazidas por Viltrapaça, que o seu paciente fez amizades novas e muito desejáveis, e que você parece ter se aproveitado desse acontecimento de maneira realmente promissora. Imagino que o casal de meia-idade que ligou para o escritório dele seja bem o tipo de gente que queremos que ele conheça - rica, esperta, superficialmente intelectual e promissoramente cética em relação a tudo no mundo.".
Mesmo sendo um tema comumente abordado, a crÃtica à humanidade é algo que sempre me chama atenção; estamos cientes sobre como o ser humano é e sobre a existência de "pessoas de má Ãndole"; e mesmo estando sempre aÃ, nós (ou eu, pelo menos) sempre nos surpreendemos quando encontramos uma pessoa que não segue os valores morais e éticos estabelecidos pela sociedade. Toda a nossa moralidade realmente existe? Há "certo" e "errado", sendo que essa visão de mundo é derrubada pelos indivÃduos que alegam que "tudo é uma questão de ponto de vista"? Quem tem a razão? Quem tem o poder de bater o martelo e julgar as ações proferidas por outros? Quem está por trás das nossas más ações é o diabo, como muitos podem dizer, ou isso seria apenas uma forma de tirar a culpa dos ombros? Há salvação para a humanidade ou como citou Thomas Hobbes: "o homem é o lobo do homem"?
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