A resenha de hoje é sobre um autor que quase sempre causa polêmica por onde passa, Paulo Coelho, e também sobre um tema pesado, o suicídio. Alguns o amam e outros o odeiam. Dizem que ele apenas gera livros com "leitura de massas", textos pouco profundos e que o conteúdo é apenas uma reciclagem do que já se é lido há muito tempo, em épocas distintas. Mas não concordo 100%. Acredito, sim, que ele apresenta personagens "comuns", que não são os notáveis heróis sem falhas e demasiado perfeitos. Mas eu, por vezes, gosto de ver em uma leitura alguém "gente como a gente". Saber que existem pessoas ordinárias por aí e muitas das vezes até me identificar com elas. "Tudo é mágico até virar rotina". Mas vamos para a resenha.
Logo de cara conhecemos a personagem principal, Veronika, que insatisfeita com o rumo que sua vida estava levando, decide se matar. Toma vários remédios mas acaba que seus planos são frustrados e acorda em um hospital psiquiátrico. Descobre que tem aproximadamente uma semana de vida restante e decide fazer algo com isso.
O texto começou um pouco mais leve mas durante a leitura do livro pensei sobre o fato do suicídio ser um tema tão evitado mas tão profundamente presente em nossa sociedade e decidi compartilhar isso. A que ponto temos que chegar para pensar que não vale mais a pena? Desistir de tudo, família, amigos, de você mesmo, pela ânsia de um pouco de paz? Quão abandonado, desesperado e angustiado uma pessoa consegue se sentir?
Mesmo que a cada ano surja uma nova pauta em jogo para as campanhas de conscientização, me parece que a velha falta de empatia sempre nos acompanha. Gritamos aos quatro ventos que devemos olhar para o colega ao lado, tentar compreender suas dores ou ao menos confortá-lo, mas realmente (realmente) o fazemos? Estamos nos doando de coração na "missão" de ajudar ao próximo, ou apenas fazendo o mínimo para que possamos dormir bem a noite, pensando que desempenhamos com louvor nosso papel de "cidadão de bem"?
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