A resenha de hoje é sobre viagem no tempo, H.G Wells e o que é ser Humano, realmente.
Logo no primeiro capítulo nos somos apresentados ao personagem principal dessa viagem, o Viajante do Tempo, ele nos narra sobre o que viu e como chegou ao ano 802 701 d.C, onde a paisagem é outra, mas o Animal dentro do humano, permanece, assim como a futilidade.
Durante a leitura, não pude deixar de pensar em como as distopias tendem a acertar na previsão do nosso futuro, independente de quão antes da nossa realidade tenha sido escrito.
Nesse futuro, existem os Eloi, raça superior, que vive na superfície, e os Morlock, raça inferior que foi fadada à escuridão, tendo seus instintos animais aflorados durante os milhares de anos. A frivolidade dos Eloi é uma das características marcantes dessa nação, o que me remete justamente ao agora, como perdemos o interesse com a mesma intensidade que adquirimos, como uma criança que se cansa de seu brinquedo.
Tudo passa, tudo nasce e morre, é o ciclo. O que me faz pensar também que nossos problemas têm fundamento real, fome mundial, doenças, pestes. Devemos ter objetivos e lutar para termos uma vida que esteja una com nossos valores mas, ao mesmo tempo, para quê? Para que lutar, para que viver se o final é inevitável? Qual diferença fará ter vivido com muito, ou pouco, se ao final nos encontraremos no mesmo lugar? Como chegamos aqui? O que há ao final dessa jornada? Tudo ou nada? Luz ou sombra?
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