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100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 - Primeiro dia

Foto do escritor: O Blog do ClubeO Blog do Clube

Atualizado: 29 de mar. de 2022


Cartaz do primeiro dia do festival da Semana de Arte Moderna
Cartaz do primeiro dia do festival da Semana de Arte Moderna

No 13 de fevereiro de 1922 tinha início a semana que quebraria paradigmas e colocaria a cultura e identidade brasileira em foco.

A Semana de Arte Moderna ocorreu nos dias 13, 15 e 17 e foi uma manifestação artístico-cultural, organizada por Mário de Andrade, Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti, e sediada no Theatro Municipal de São Paulo, com o intuito de criar uma "nova arte", sem a influência dos europeus e causando horrores nos artistas conservadores. Contou com a participacao de artistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, Agenor Fernandes Barbosa entre outros.

Ironicamente, o movimento que visava a ruptura com a Europa teve influência justamente de grupos vanguardistas europeus (grupos que buscavam uma ressignificação do que era considerado arte até então e rompendo com as tradições anteriores na literatura, pintura, música, arquitetura e escultura). Alguns dos movimentos influenciadores foram o Futurismo, Surrealismo, Cubismo, Expressionismo, Fauvismo e Dadaísmo, tendo como exemplo os artistas Filippo Marinetti, Marc Chagall, Pablo Picasso, Paul Klee, Henri Matisse e Marcel Duchamp, respectivamente.


Da esquerda para a direita- Pagu, Elsie Lessa, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Eugênia Álvaro Moreyra
Da esquerda para a direita- Pagu, Elsie Lessa, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Eugênia Álvaro Moreyra

Mário de Andrade (sentado), Anita Malfatti (sentada, ao centro) e Zina Aita (à esquerda de Anita)
Mário de Andrade (sentado), Anita Malfatti (sentada, ao centro) e Zina Aita (à esquerda de Anita)

Cada dia da Semana foi dedicado a um tema, tendo o dia 13 como o dia dedicado a pintura e escultura. O evento tem início com uma palestra do escritor Graça Aranha intitulada "A emoção estética da arte moderna", no qual elogiava os trabalhos ali expostos, fez investidas contra o academicismo e criticou ferrenhamente a Academia Brasileira de Letras.


“Para muitos de vós, a curiosa e sugestiva exposição, que gloriosamente inauguramos hoje, é uma aglomeração de “horrores”. aquele gênio suplicado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida, se não são jogos da fantasia de artistas zombeteiros, são seguramente desvairadas interpretações da natureza e da vida. não está terminado vosso espanto. outros “horrores” vos esperam. daqui a pouco, juntando-se a esta coleção de disparates, uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente, virão revoltar aqueles que reagem movidos por forças do passado.”


SITE ARTE E ARTISTAS. Disponível em: https://arteeartistas.com.br/semana-de-arte-moderna-brasil-1922/


Após a palestra de Aranha, um conjunto sobe ao palco para desempenhar as peças e obras do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, e o poeta Ronald de Carvalho discursa sobre pintura e escultura modernas, mas que depois de ter sido recebido de uma maneira não tão cordial pela plateia, rebate a indignação dos mesmos dizendo: "Cada um fala com a voz que Deus lhe deu". O dia foi encerrado com um recital comandado pelo maestro Ernani Braga, tendo sido executadas as peças de Francis Poulenc e A Fiandeira, de Villa-Lobos.


Esse foi só o primeiro dia do evento e na terça volto com mais atrações, informações e curiosidades sobre segundo dia da Semana de Arte Moderna de 1922.


Catálogo feito por Di Cavalcanti

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